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Como o imobiliário pode atrair talento

Uma equipa moderna de imobiliário faz mais do que gerir edifícios e instalações – disponibiliza um ambiente que faz com que as pessoas se sintam bem e trabalhem melhor; um ambiente que atrai talento.

É um objetivo difícil de atingir se a empresa carrega o fardo de um espaço de trabalho convencional, inflexível e dispendioso com arrendamentos a longo prazo e demasiados escritórios regionais.

O arrendamento por metro quadrado apenas representa cerca de 3,25% do custo total da ocupação do escritório, de acordo com a Actium Consult. Com custos adicionais ocultos acrescidos, faz mais sentido adotar uma estratégia de portfólio flexível com múltiplas opções que custam menos. De acordo com a HBR, empresas como a IBM, a AT&T e a Dun & Bradstreet pouparam milhões de dólares através de uma gestão imobiliária inteligente. 

Um espaço de trabalho inspirador para os funcionários é um dos muitos fatores que os profissionais do ramo imobiliário deveriam estar a abordar no mundo do trabalho em rápida evolução, afirma a Diretora da Savills World Research, Yolande Barnes, autora do relatório Cidades Europeias 2017.

Barnes afirma: “O imobiliário costumava estar relacionado com a linha de produção e a maximização dos lucros – com escritórios de excelência, custos por pé quadrado e localização. Atualmente está relacionado com a atração da capital humano.

"Falando em termos gerais, os espaços que ainda não se modernizaram encontram-se em setores nos quais existe pouca concorrência, como funções de backoffice. Onde existe uma escassez de pessoas jovens e talentosas – como nas indústrias digitais – é aqui que o espaço de trabalho começa a importar.”

Locais onde as pessoas querem estar

Seja qual for a indústria que ocupa umas instalações – seguros, banca ou tecnologia – atualmente deve estar a pensar no imobiliário menos em termos de metros quadrados e mais como locais nos quais as pessoas querem viver, trabalhar e ser felizes.

Esta mudança de ênfase pode ser o motivo pelo qual a Savills concluiu que as decisões de realojamento foram tomadas com maior frequência devido aos recursos humanos em vez das instalações. As equipas de imobiliário precisam de trabalhar atualmente mais de perto com os RH, cuja maior preocupação é atrair funcionários altamente competentes ao encontrarem o espaço de trabalho certo, no local certo e na cidade certa.

No que se refere à escolha desse local, as corporações devem ter em consideração se um distrito empresarial central iria atrair talento. O talento tecnológico, por exemplo, frequentemente prefere estar num distrito empresarial central, onde o espaço é limitado e os arrendamentos são elevados, como Estocolmo e Dublin. O relatório da Savills destaca: "Como em muitas cidades europeias, existe a necessidade de construção de zonas na cidade de utilização mais mista, com bom acesso ao centro."

A PwC research destaca uma resposta a essa necessidade de mais desenvolvimentos de utilização mista. Num relatório escrito em parceria com o Urban Land Institute, denominado Trends in Real Estate® Europe 2017, menciona Hamburgo, onde está a ser construído um investimento de 1 bilião de dólares na nova HafenCity (cidade portuária), Lyon, onde bairros de utilização mista fazem parte do novo plano de desenvolvimento do novo distrito empresarial central de Part-Dieu e Oslo, que está a tornar-se mais vibrante e sustentável enquanto cidade que está a atravessar um desenvolvimento significativo de utilização mista.

Flexibilidade e equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional

Another trend that property departments need to accommodate, if they aren’t already, is flexible working. Over 50% of workers now work outside the main office for 2.5 days a week or more, according to the Regus Workplace Revolution report.

Em comparação com anos anteriores, afirma, existem mais consultores e trabalhadores freelance, assim como funcionários de mais idade que trabalham para além da idade da reforma, que pretendem uma maior liberdade para trabalharem de forma flexível. 

Oferecer aos funcionários a capacidade de trabalharem em espaços de trabalho flexíveis ou baseados nas atividades, mesmo que seja apenas durante uma parte da semana, não só atrai talento – também poupa às corporações muito dinheiro em espaço ocupado por secretárias. Apesar de os arrendamentos terem passado a ser mais curtos e mais flexíveis na maioria das cidades nos últimos 30 anos, os custos de viver e trabalhar nas principais cidades são elevados. Os custos anuais em Londres ascendem a 88.800 dólares por funcionário, de acordo com o Índice Vida/Trabalho da Savills e a 111.900 dólares em Nova Iorque.

A Barnes sugere que os gestores de imobiliário precisam também de ponderar outros espaços de trabalho, incluindo espaços partilhados ou estúdios com uma disposição que encoraja o coworking ou a criação partilhada. Estes espaços são mais adequados para os novos estilos de trabalho flexível, enquadram-se nas escolhas de estilo de vida e respondem às necessidades de diferentes gerações. Oferecem locais para conhecer grupos interessantes e para colaborar de forma mais fácil.

Aprender lições junto de firmas de menores dimensões

Tem demorado décadas para que as equipas de imobiliário corporativas globais aprendam a lição que muitas empresas pequenas e criativas aprenderam há anos – um espaço de trabalho motivador atrai talento.

A agência de comunicações AB, que transferiu os escritórios em Bermondsey há dois anos, escolheu deliberadamente um edifício com um espaço de plano aberto numa das zonas mais antigas de Londres. A área tem um ambiente moderno, boémio, com muitos espaços agradáveis para levar os clientes a fazer uma refeição e sítios para tomar uma bebida depois do trabalho. É também uma zona bem servida pelos transportes públicos e de fácil acesso aos funcionários.

Chris Winning, Diretor de Serviços aos Clientes da AB, afirma: “As corporações percorreram um longo caminho em termos de trabalho flexível e na forma como os escritórios são organizados. Empresas de menores dimensões, que não podem oferecer aos funcionários o dinheiro que receberiam em empresas maiores, tiveram de pensar de forma flexível e mais criativa durante mais tempo."

O espaço de trabalho do futuro é ágil, com espaços de plano aberto baseados na atividade, opções de lugares de hot-desking a sofás e áreas separadas para trabalho em privado e em colaboração. Com todos os recursos à disposição de corporações de grandes dimensões, aqueles que se comprometem com uma mudança de estratégia conseguem inspirar de uma forma a que as empresas pequenas apenas podem aspirar.

Contacte a Regus para saber como a equipa de imobiliário pode inspirar por menos com imaginação e o espaço de trabalho certo no local certo.